A consultora em gestão escolar e de ensino bilíngue nas escolas do Instituto Integer, Ivana Gomes, explica o que vai mudar em 2021

O governo define os critérios para enquadramento das escolas bilíngues no país e regulamenta o mercado de instituições de ensino que se autodenominam bilíngues. As novas regras, que serão homologadas pelo Ministério da Educação (MEC), não engessam as instituições que terão prazos para se qualificarem. 

A resolução não trata apenas das escolas bilíngues. Ela também se refere a oportunidade de escolas trilíngues ou multilíngues, considerando a expectativa de interesse pelo ensino da língua indígena e das necessidades especiais para alunos surdos. A BNCC inova ao reconhecer a língua inglesa como única obrigatória na área de linguagens nos anos finais do Ensino Fundamental II e no Ensino Médio. 

A consultora em educação bilíngue do Instituto Integer, Ivana Gomes, afirma que “o governo quer o país bilíngue nos próximos anos”. A nova orientação se aplica às escolas públicas e privadas. A União, os Estados e Municípios darão suporte técnico para que as instituições públicas se enquadrem nos critérios definidos pela resolução.

Segundo Ivana, esse enquadramento é rigoroso, no que se refere à qualificação dos professores, mas não deve provocar a descontinuidade de instituições de ensino. “Todas terão prazo suficiente para qualificar os professores e ajustar os currículos”, afirma.

É exatamente nesses quesitos que o Instituto Integer está preparado para auxiliar as escolas na adaptação das novas regras, principalmente no que se refere à organização da base curricular.  O Instituto atuará na implementação da educação bilíngue e fará parcerias com empresas para a formação e qualificação dos professores.

O primeiro aspecto interessante da nova legislação é a definição do que é uma escola bilíngue. “São as que se caracterizam por promover currículo único, integrado e ministrado em duas línguas de instrução, em todas as séries”. Atualmente, existem no mercado instituições que se autodenominam bilíngues, mas não se enquadram nos novos critérios definidos pelo governo.  

Por exemplo, o caso – bastante usual – de escolas que se definem bilíngues apenas porque tem um professor que fala inglês fluentemente. Ou as que oferecem as aulas de artes e de educação física na língua inglesa e mesmo as que têm horário estendido para o ensino de inglês. 

Todo o mercado de escolas bilíngues sofrerá o impacto da nova legislação, inclusive as escolas internacionais porque também essas escolas devem obedecer aos critérios para qualificação dos professores e carga horária mínima do ensino em inglês.

As escolas deverão apresentar um currículo único e deverão contratar, para as disciplinas ministradas na segunda língua, somente professores graduados nas áreas afins, com  pós-graduação ou especialização em Educação Bilíngue e certificado de proficiência em inglês nível B2, o mesmo exigido nos colégios europeus. “O ano de 2021 será o ano da corrida para qualificação dos professores e adaptação das escolas”, comenta Ivanas sobre o ensino bilíngue nas escolas.

“O currículo bilíngue deve ser necessariamente oferecido a todos os estudantes. Quando o currículo bilíngue for oferecido de modo optativo, na forma de atividades extracurriculares ou complementares aos estudantes, a escola não se enquadra como escola bilíngue”, diz a resolução que será homologada pelo MEC.

 Abaixo, as principais exigências para o enquadramento de escolas bilíngues.

1)    São consideradas escolas bilíngues as que oferecerem currículo único em inglês para todas as séries;

2)    Educação infantil e ensino fundamental devem ter uma carga horária de no mínimo 30% e, no máximo, de 50% das atividades curriculares para ter o ensino bilíngue na escola;

3)    Ensino Médio – no mínimo, 20% da carga horária na grade curricular oficial, podendo a escola incluir itinerários formativos na língua adicional;

4)    Para as escolas com carga horária estendida em língua adicional, a carga horária deve ser de no mínimo três (3) horas semanais e oferecida a todos os alunos;

5)    As escolas bilíngues só podem contratar professores que, além da formação em Pedagogia, Letras ou área específica, apresentem certificado de comprovação de proficiência de nível mínimo B2 no Common European Framework for Languages (CEFR) e curso de extensão com no mínimo 120 horas, como pós-graduação lato sensu, mestrado ou doutorado reconhecidos pelo MEC;

6)    As escolas com carga horária estendida podem optar por abordagens que buscam o aprendizado intenso da língua adicional, desenvolvendo fluência e proficiência sem conexões com os conteúdos acadêmicos;

7)    Na avaliação da proficiência dos estudantes, o governo espera que até o término do 6º ano do Ensino Fundamental pelo menos 80% dos estudantes alcancem a proficiência de nível mínimo A2 no Common European Framework for Languages (CEFR);

8)    Até a conclusão do 9º ano do Ensino Fundamental, espera-se que 80% dos estudantes atinjam a proficiência de nível mínimo B1;

9)     E que até o término da 3ª série do Ensino Médio, 80% dos estudantes estejam qualificados no nível mínimo B2. Por isso, a exigência de que o professor tenha o nível B;

Vale ressaltar que  as escolas privadas têm assegurado o direito de compartilhar com os responsáveis pelos estudantes os custos do processo de adaptação curricular do ensino bilíngue nas escolas. 

O Instituto Integer está preparado para ajudar a sua escola a se adaptar às novas tendências de um mercado cada vez mais exigente.

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